domingo, 1 de janeiro de 2012

Índice


Agradeço a visita!

Espero que caso seja um investigador verdadeiro, se cético, leia com cuidado e neutralidade, até o fim, antes de emitir uma opinião. Ateus fanáticos e inflexíveis são bem vindos para deixar uma mensagem apelativa e sem sentido no final de alguma postagem :)

Apesar de algumas brincadeiras com o comportamento dos ateus, o blog é de conteúdo sério. E a forma como foi escrito, tem como único objetivo demonstrar que a ciência e sua metodologia não é um conhecimento complexo demais para os crentes, mas uma trivialidade que não cabe na discussão, até certo ponto. O problema do embate é sério, pois as consequências são importantes.

Há uma distinção muito clara entre cético, ateu e anticristo. Cético é o que não sabe se acredita, espera provas. O ateu é quem não acredita e não está preocupado com quem acredita. O anticristo é quem luta contra os crentes, e contra Cristo. Simples não? Há quem discorde pelo incomodo. Mas é simples assim.

A sequência de postagem foi editada na data para alinhamento dos textos numa sequência não de data, mas de conteúdos.



1-Um saber formado e convencionado
2-Sobre a abordagem e sua natureza
3-Sou muito novo para virar um fanático
4-Deus não me ouve
5-Falar em línguas
6-Evolucionistas - parte I
7-Todos os caminhos levam a Deus
8-Dízimo, o que é isto?
9-Entrevista Canal Livre com Mário Sérgio Cortela
10-Nunca confie num ateu

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

2- Sobre a abordagem e sua natureza

Uma historinha grosseira para exemplificar. Poderia ser montada sobre diversos temas, mas não há nada mais universal que o amor. Esta história não pretende defender idéia alguma além daquela onde se para você uma coisa não existe, ela não existe mesmo. Mas vejamos este exemplo:

Um certo sujeito era incapaz de ter filhos. Ele, ao abordar sua esposa, (apesar de esta ser muito formosa e com todos os atributos femininos que são preciosos aos homens), raramente conseguia ter uma ereção. E quando conseguia, ou a perdia durante o coito ou era incapaz de fecundá-la. Suas preocupações sobre a forma técnica e o ritmo, a pressão e as impressões neuronais que o cheiro e as texturas da mulher lhe causavam levavam-no ao fracasso total. Pois médico que era, crente no viés material da realidade a ponto de não se impressionar com nada que não pudesse ser comprovado, era incapaz de deixar fluir em seu espírito qualquer idéia e envolvimento com sensações, percepções e idéias que pudessem ser chamadas de “impressão neuroquímica”. Assim, rejeitando de corpo e alma aquilo em que não acreditava, passou a ser a prova viva de que o amor e o prazer sexual eram coisas inexistentes, uma ilusão, um delírio dos outros, uma vertigem ou uma doença social, ainda que fizesse todo sentido para que a espécie continuasse a existir. Ainda assim, sua crença mais profunda era de que tudo isso era coisa de animais primitivos, sensíveis demais a itens neuroquímicos e distantes da realidade intelectual, da sabedoria e da percepção pelo inteligível. Em sua opinião, o destino da humanidade seria a clonagem ou a fecundação invitro, já que o sexo era coisa rude, primitiva, animalesca e para ele, indigna de ser considerada. Assim ele era a maior autoridade no mundo em termos de clonagem e fecundação artificial.


O conhecimento é algo valoroso, divino, o que distingue o humano do animal primitivo. O conhecimento, é dádiva divina, e através dele sobrepujamos uma boa parte da natureza, principalmente aquela que compromete nosso conforto e subsistência.
O problema do conhecimento é que ele advém de naturezas intelectuais, de vieses paradigmáticos. E é aí que as abordagens muitas vezes são imiscíveis.

Vamos melhorar o exemplo acima, já que agora apresentada a idéia, podemos ser mais sutis:
Nâo se aborda a qualidade de uma obra de arte através de gráficos estatísticos, nem com uma balança para se medir o peso da tinta. Não se aborda a criação de gado como quem coleciona selos antigos, são de natureza diferente. Não se deve usar toda a experiência e conhecimento em automobilismo de alta velocidade para se questionar ou avaliar, ou julgar, a veracidade e qualidade de um desfile de moda.

Mas, infelizmente, a ciência insiste em ser aquela pessoa extremamente desagradável que “sabe tudo”, e tem a petulância e arrogância inimagináveis para questionar a veracidade da Bíblia, das profecias, das visões, dos sonhos, das manifestações espirituais, e da própria guerra espiritual que se desenrola no mundo. A ciência, âncora espiritual que aprisiona a visão dos pseudo-sábios, é um engano formoso e habilidoso, performático, “virtuoso” como Steve Ray Vaughan o é ao tocar guitarra. O que não torna este último o melhor compositor, o que aliás do ponto de vista de muita gente falta melodia mas tem excesso de firulas. E como a ciência vai avaliar esta impressão musical? Com sensores neuronais?
A religião jamais deve ser abordada pela ciência, se ela deseja ter alguma credibilidade. No entanto, em face de sua insistência, e em face da justiça que foi dada à religião desde muito antes, desde o tempo da Lei (que é a raiz da ciência!) em se tratando de religião judaico-cristã, vamos dizer o seguinte, de ambos os pontos de vista:

• Para a ciência, a religião é um conto de fadas, manipulado por interesses históricos com algumas verdades mas com fatos aumentados e fantasiosos, instrumento para dominação coletiva em busca do dízimo, que é apenas a forma da “empresa” Igreja ganhar o seu sustento e riqueza; Uma falha no conhecimento sólido e consistente, comprovado. Exemplos como Edir Macedo e outros falsários são a prova incontestável da inveracidade dos fatos, e da máquina mentirosa que é a Igreja, e da ignorância de seus membros. Para a ciência, esses dados estatísticos são mais que suficientes para a comprovação intelectual de que Deus não existe, uma vez que ele não se manifesta e não pode ser mensurado ou detectado por radares e telescópios espaciais. Além disso, a realidade é montada em trilhões de trilhões de anos a partir de um ciclo material-energético chamado big-bang, onde entram buracos negros e brancos, de onde jorra a matéria que após um altíssimo nível entrópico entra em formação até atingir a humanidade, da forma provisória que é em plena evolução material e informacional. E nada disso tem a ver com um velho barbudo determinando as coisas.

Para a ciência, o homem é o ser mais inteligente do universo aqui na Terra, e os supostos anjos podem ter sido alienígenas no passado manipulando culturas primitivas – e provas disso são ilustrações astecas, egípcias, incaicas, e outras onde homens de capacete de vidro são representados em naves. Mas nada disso é comprovado, é apenas loucura dos arqueólogos e interpretes de signos aleatórios e coincidentes, artísticos.

Mas:

• Para a religião (cristianismo), a ciência é um instrumento das forças malignas, em busca da falsificação, deturpação da verdade através de sofismas e axiomas mentirosos, onde ela se mescla simbioticamente ao conhecimento útil para se justificar, infiltrando-se como um parasita, o que leva a oportunamente contaminar toda a realidade e o devir das coisas - a saber, principalmente, a economia e cultura mundiais e seus paradigmas escravagistas, parasitários e materialistas, corrompendo a verdade espiritual do mundo. Para a religião, a ciência é uma lei humana, que advém do mundo, e segundo Cristo, do mundo nada pode advir que não seja maligno em sua essência, pois distancia-se das coisas do reino do Pai, que são realidades de vida baseadas na verdade e na justiça, no amor coletivo e individual. Para a ciência, nada disso existe, não pode ser comprovado ou mensurado. Para a ciência, a vida é um palco competitivo de autofagia, no plano da ecosfera.

Para a religião, não conta a prova da mesma forma que para a ciência, mas a experiência:  se bem que constantemente se pede prova dos fatos e há confirmação de eventos sobrenaturais através da boca de profetas e acertos em textos bíblicos, pregações e situações inusitadas que é por onde Deus nos fala, já que sua realidade jorra de todas as formas possíveis – estamos imersos em Sua criação e portanto, tudo é possível. Dados estatísticos são irrelevantes. Para a religião, a prova é a constatação da impossibilidade de tantas coincidências sem uma determinação além da realidade visível, a impossibilidade de o milagre ser apenas um dado aleatório advindo do caos da realidade cheia de entropia organizada e em ciclos e estruturas organizadas. Para a religião, há uma realidade que existe a partir da borda desta, e é muito maior e a determina. E ela não é um simulacro tecnológico, mas uma sobre-realidade espiritual, onde o que conta é o valor espiritual dos seres, e ali, as forças não são mecânicas ou técnicas, mas baseadas no poder da Palavra, da Fé, da presença e permissão do Criador em todos os fatos. A manipulação da realidade para a religião não é baseada na mecânica, mas no dom da profecia.
Para a religião, não importa se o mundo foi criado em sete dias literais ou metafóricos, apesar de isso variar de igreja para igreja. Importa que Deus criou o mundo, e importa mais ainda, que há uma finalidade na existência do homem, após eventos de ordem espiritual que não nos são dados saber.

É claro que através da religião, não se despreza o conhecimento técnico, intelectual, administrativo, a física e outras áreas da ciência- mas apenas que são vistos com olhos sempre suspeitos, e uma vez que o inimigo está infiltrado, toda informação deve ser separada do joio cultural e suas direções espirituais. Um trabalho árduo e constante, diário, a cada minuto e segundo. Mas essa mesclagem não pode ser vista com olhos materialistas, nem pouco instruídos na Palavra. Assim como um leigo não pode ver vetores de forças gravitacionais e reações em matérias estruturais de uma construção, nem forças elétricas numa placa de circuitos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

3 - Sou muito novo pra virar um fanático e perder tudo que o mundo tem de bom

Sim, a vida é curta. Curta demais, principalmente se confrontada com a realidade da eternidade.

Temos basicamente duas opções para acreditar: ou Deus existe ou não existe. Da primeira, temos a opção de alinha-lo aos fenômenos naturais, remover d´Ele qualquer traço de intenção ou propósito, tornando-O para nossa inteligibilidade e sinestesia, uma mera força motora lógica e criativa que gera o universo. Nesse caso, é o mesmo que escolher a segunda opção, para conclusões práticas. Sejamos práticos, pois é isso que interessa para muitos.
Caso Ele exista, e seja uma entidade fenomenológica natural, em que o humano é apenas uma faísca ao acaso fluindo num processo despojado de teleologia, o resultado da história particular de cada um encontrará conclusão no nada absoluto, a morte. Simplesmente deixar de existir. Resultado da função: zero, NaN, undefined, false. Suas partículas se espalharão pelo universo, voltando para a natureza. Mas você com certeza encontrará o zero nessa transição, e não vai estar por aí pensando "que legal, minha mão é uma flor e o meu pé virou uma núvem", num ciclo suave de perda de identidade até a diluição absoluta.
Caso Ele não exista, a consequência é a mesma do pressuposto anterior.

Mas caso Ele exista e tenha um propósito com a sua existência humana, a qual você costuma atribuir valor zero para o universo, o resultado dessa função é o índice 1 (o absoluto, o concreto, o válido, o true, Integer,  se você preferir).

Dessas duas escolhas básicas, ou você escolhe a possibilidade 1 ou 0. Pensando friamente, é muito estranho que as pessoas que pensam ter um raciocínio absolutamente lógico escolham o resultado certo igual a zero, e não a probabilidade de 1. Mesmo porque, depois que você morrer, se não houver nada mesmo, você também não perdeu nada, mesmo que tenha passado a vida toda como um fanático enlouquecido. Nem mesmo sua dignidade, e de nada teria servido sua auto-estima ou seu orgulho científico, ou sua curtição, nem todo o prazer que desfrutou: o resultado é ZERO.

A outra opção parece bem mais interessante: a probabilidade mesmo remota de 1 é muito mais válida matematicamente que zero, e só um imbecil escolheria a anterior. Um exemplo pra quem ainda não conseguiu entender: você está num prédio, ele vai desabar, você tem duas saídas: em uma você pode sobreviver, na outra você tem certeza absoluta que vai morrer. Qual você escolhe?
Agora considere o seguinte: caso Deus exista e não espere nada de você, que Ele esteja a despeito de sua presença, mais ocupado com as órbitas das galáxias e com o ciclo do tempo, os fluxos de wormholes e gravidades através da matéria escura do universo, a conclusão após a sua morte é a mesma que se supor que Ele não existe: chegamos ao mesmo resultado zero absoluto. Afinal de contas, se Ele não está nem aí pra você nessa porcaria de mundo de fardos e sofrimentos, porque lhe daria o paraíso ou o inferno sem um desenvolvimento de causa e consequência? 

Sendo assim, a escolha mais inteligente e com maior probabilidade de utilidade e aproveitamento do resultado é a de que Ele existe, e tem alguma coisa com você. E agora, seguindo novamente a natureza da causa-consequência e equilíbrio das forças atuantes, com pressuposto de que para toda causa há uma consequência, e de que para toda situação há necessariamente uma causa anterior, e se considerando válido que a manifestação química "felicidade" ou "desgraça" são eventos reais e que estão encadeados em processos contínuos, a proposta reencarnacionista parece ser absolutamente lógica e razoável. Por outros motivos, e após anos sendo espírita, abandonei essa pressuposta "verdade lógica". Mas o ponto importante aqui em desenvolvimento é o fato de que a história do ser humano, em sua individualidade, leva a um resultado, e é inteligente que se espere que ele será considerado após a morte.

Estou sobrepondo escolhas: a primeira, de que Deus existe, por ser a mais inteligente. A segunda, de que a conduta é um fenômeno válido nos "cálculos naturais da realidade" e portanto participa do devir. 

Claro: posso escolher passar a vida a remover aquela montanha com minhas próprias unhas. Então como uma escolha pode alterar a realidade material sem ser válida? O elemento zero em qualquer função pode levar a um resultado igual a zero. Portanto, a conduta e a moral são elementos presentes na composição do real, e tem consequências sobre a matéria. Parece óbvio, mas muita gente faz força pra acreditar no contrário.

Neste campo, o problema parece residir na confusão que há entre a busca pela felicidade e a busca pelo prazer, seu e dos outros. E principalmente, na linha de pensamento reducionista e maquiavélica que justifica as escolhas; Sobre a felicidade com ou sem religião, vale ler Platão e outros filósofos muito elucidativos. 

Então, a última coisa que eu defendo é a ausência de felicidade: sim, seja feliz, muito feliz! Mas não confunda isto com egoísmo, visão obtusa, vício, infelicidade alheia, isolamento e tantos fatores que tornam essa felicidade um problema no futuro.

E não cabe aqui discutir o caos e a imprevisibilidade do devir: sua intenção é que vai te garantir o resultado, independente do rumo que as coisas tomaram. Acredite, é diferente. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

4-Deus não me ouve


Esta é sem dúvida a questão que leva ao método científico mais parcial, tendencioso e inválido sobre a existência de Deus.

O cético, como prova de verdade de sua ordem de conhecimento, vocifera em alta voz "prove-me que Você existe", "Me mostre um sinal", "Se Você existe, apareça agora" ou ainda "Quero ver um milagre nos próximos 4 minutos para acreditar em que Deus existe".

Interessante que do ponto de vista umbigocêntrico dos céticos, toda a realidade gira em torno de seu próprio ego, como um grande pesadelo que desafia sua imensa vontade de acordar pra algo diferente, provando-se assim que ele está errado. Contradições a parte, e a despeito da carência emotiva do cético ser maior que sua conduta filosófica, o antropocentrismo é uma doença que já esteve muito na moda na Renascença, período intelectual tão válido atualmente quanto a Idade Média, a Revolução Industrial ou a Pré-história.

Um efeito colateral deste conjunto de paradigmas é a chamada ciência - que remove do homem o centrismo, e também do universo, ou da realidade, diluindo tudo num patamar de eventos circunstanciais de peso equivalente sem início ou fim - o que também neutraliza a física newtoniana. Mas isso quando é conveniente, é agradavelmente ignorado pelos métodos dedutivos tendenciosos. Mas isso já não seria novo, desde os pensadores gregos...

Assim, o cético acredita que Deus está ali esperando seu interesse por Ele, e que sob o comando de um cético, Ele se manifestaria para provar sua existência. Doce engano: imagine a possibilidade de uma bactéria dar ordens a um alienígena superdesenvolvido. Agora imagine essa defasagem de autoridade numa escala infinitamente maior: é o cético achando que Deus vai obedece-lo sob qualquer circunstância...

Por isso, esse método é definitivamente inválido.

Outro vício que os céticos adoram repetir fervorosa e dogmaticamente é um joguinho lógico (lógico pra eles, pois é completamente falho...), resumindo-se no seguintes pressupostos e conclusões:
A) A Bíblia diz que Deus ama todos os seres humanos mesmo em todos seus erros (pecados);
B) Deus quer salvar todos os humanos, para vencer o Diabo;
C) Se Deus quer, ele vai fazer a sua parte nessa luta pra atrair os humanos perdoando-os mesmo após uma vida toda de iniquidades (perdão de última hora e salvação equivalente a quem foi fiel a vida toda)
D) Portanto, como o interessado é Deus, e quem está sendo disputado é o homem, então ele vai se esforçar e fazer alguns milagres pra convencer o pobre coitado humano a se decidir entre passar a eternidade no céu ou no inferno...

Bem, não cabe neste tópico analisar todos os erros deste raciocínio, mas vamos por alguns:

A) Sim é verdade, Deus vai continuar te amando se você fizer da sua própria vida um poço de infelicidades. Mas a escolha é sua. Ele vai continuar te amando assim como uma mãe vai visitar o filho na cadeia, levando até serrinha dentro do bolo (sim, Deus faz vista grossa a muitos pecados, leia a bíblia para descobrir as condições). Mas não queira ser esse filho na cadeia, não é lá tão divertido...
B) Sim , Deus quer salvar a todos, como Cristo mesmo afirmou que seu desejo é não perder uma alma sequer. Mas Deus não precisa vencer o Diabo, ele já está derrotado, segundo o mesmo livro que o cita e o define, a saber, a Bíblia. A questão deve estar mais próxima de Ele esperar que você vença seus próprios demônios, através da autoridade absoluta sobre sua alma, mente e corpo. Mas não vá falar como um fumante  que costuma pensar "fumo há vinte anos e nunca fiquei viciado. Não paro porque não quero"...
C) Parábola dos trabalhadores da última hora: O que você acharia se uma mosca tentasse ganhar de você um quilo de açúcar te dando em troca uma virose? Bom, isso não é muito distante do que o Criador acharia de um bichinho chamado humano explicitamente fazendo qualquer coisa da vida, mas já esperando que na última hora iria pedir o perdão para ganhar o paraíso. Neste caso, escutaria a seguinte frase: Já recebeste a tua recompensa.
D) O cético acha que devido ao fato de ele ser muito importante, pois é muito egocentrico, Deus faria qualquer coisa pra ganahar a sua alma. Inclusive se materializar como um velho barbudo e implorar para o cético ama-Lo.

Sendo assim, a conduta que normalmente é demonstrada por aqueles que dizem que Deus não os ouve, é geralmente consequência de uma absoluta falta de noção de escala do real, das circunstâncias de privilégio e autoridade sobre a ordem do universo. E dizer que isso é metafísica ou especulação é o mesmo que dizer que (sic, vamos usar um exemplo grosseiro e superficial pra ficar bem didático...) em matéria de sexo não existem regras. Experimente dizer para uma mulher durante o sexo "você é feia" pra ver se a ciência explica porque você provavelmente estava sozinho alguns minutos depois, ou no caso de uma mulher, diga pro seu parceiro "pequeno ele né?"...

Resumindo: com essas condutas típicas, Deus não vai responder. Aliás, Deus fala quando Ele quer. Ou ainda, você não vai escutar ou ver ou sentir o que ele tem pra te dizer, se é que há algo a ser dito, nesse seu momento. Fique atento, e com serenidade. Milagres acontecem, até mesmo pessoas estranhas falarem com você sobre aquele assunto que você está desesperado(a). Experimente acreditar... mas não espere que vá acontecer na hora que você quer, mas na hora que Ele quer.

Mas também não espere tirar prova estatística de Deus: não espere o mesmo resultado várias vezes, ou várias confirmações, ou várias sensações de resposta para o mesmo fato: isso pode acontecer ao longo da sua vida de diversas formas, mas não confunda isso com alguma autoridade sua sobre Ele. E é óbvio que a próxima coisa que você vai pensar sobre o que aconteceu é que foi uma mera "coincidência", uma sensação típica de quem nunca viu nada extraordinário ou fora da ordem natural das coisas, ou em outras palavras: um milagre. Ou que a sua mente estava "focada" naquilo e até mesmo moveu de forma quântica o universo para que aquilo ocorresse, ou que de tanto pensar naquilo seus hábitos o levaram a se encontrar na situação, ou que sua mente "forjou" a impressão, ou que "sempre acontece mas como só pensava naquilo, tornou-se perceptível e marcante".

É... eu pensei esse tipo de coisa durante anos e anos de minha vida. Mas hoje, com uma noção muito melhor de matemática, estatística e probabilidade, me convenci matematicamente de que já houve muitos milagres em minha vida, a maioria com aparencia corriqueira. É como se para algumas pessoas fosse normal ganhar na sena toda semana. Estatísticamente, é impossível. Mas como é normal, a pessoa pode achar que "isso é assim mesmo, a natureza é simplesmente interessante".

Deus ouve você. Talvez você não O ouça. Tente ver, sentir, escutar melhor, perceber gestos e eventos, qualquer coisa. Deus não gosta de mediocridade, com certeza, e Ele é criativo o suficiente para não ter apenas uma forma de se expressar... mesmo que você chame isso de "sincronia do universo", considere que pode ser Deus falando com você naquele momento. E descarte a possibilidade de ser coincidência... pela centésima vez.

Há uma grande diferença entre não se convencer naturalmente de algo, e fazer força para não acreditar. Algumas pessoas fazem tanta força para não acreditar em certas coisas que conseguem vivenciar aquilo doentiamente, mesmo sofrendo a pressão do seu bom senso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

5- Falar em línguas

Shambala nahaniktio factionihordion... El Shadai ahktamaktrafia baharaftif nohtuhtk... oooh shamashtafio hamalaia...

Ta aí um assunto legal. E tome polêmica.... falar em línguas é uma coisa que 99,9% das pessoas que não acredita, acham basicamente uma coisa ridícula e cômica. Diriam (rindo, claro): Um monte de gente louca e ignorante tentando falar feito árabe ou alguma coisa parecida com alguma língua do tempo de Jesus, sugestionadas pelo clima hipnotizante elaborado com luzes, pregações, extase coletivo, semiótica, subliminares, neurolinguística, e tudo mais que é artificioso e pode gerar a loucura no ser humano.

Além disso essas pessoas devem estar mesclando semanticas do pré-consciente com impressões de memórias recentes e antigas ao mesmo tempo, numa catarse de letras e palavras indefiníveis, praticamente uma sequência de euforia linguística mais guiada pelo emocional que pela compreensão
(um pseudo-sabio muito pedante falando)

Eu confesso que a primeira vez que escutei fiquei meio pasmo... achei verdadeiramente bizarro e sem nexo, sem razão e sem sentido. Exceto por um: o da fé.
Elfico de Tolkien: isso nao tem
nada a ver com falar em línguas...
Invariavelmente, nos lembramos de idiomas como sanscrito, hebraico, e até mesmo o elfico ( que legal ! )... Aí, tem também aquela tiazinha que veio de lá debaixo da pedra falando meio beduíno porque escutou palavras parecidas do pastor local que aprendeu no vídeo do pastor famoso.

Eu gosto de polêmica, isso é óbvio. E talvez por ser mais divertido, prefiro ficar do lado polemizado que do lado conservador. Simplesmente porque acredito que a verdade não é esta que é seguida pela maioria que está muito segura com seus conhecimentos seguros.

Falar em línguas é uma forma de se comunicar com Deus. E nesse canal particular, que só você tem e quase ninguém entende (alguns tem o dom de interpretar), nessa intimidade com o criador Todo Poderoso, só ele entende o que você fala. Nenhum demônio capta a mensagem, e invariavelmente, uma saraivada de línguas na cara deles deve afastar seus crânios ocos pra bem longe.
Bem, para continuarmos o assunto, seria necessário um tratado muito grande sobre alguns pontos específicos:

1) o fato de que Deus existe
2) o fato de que Deus escuta o pobre ser humano
3) o fato de que demônios existem
4) o fato de que eles não entendem o tete-a-tete do crente com Deus.

Missão pretensiosa seria essa.... material não falta, vá ler por aí.
Limito-me a analisar, do meu ponto de vista, o que é esse fenômeno "falar em línguas", mas de um ponto de vista que é o que você provavelmente espera, não o que os crentes não precisam. Pois para eles, acreditar é sinônimo de verdade, e a Palavra tem poder. Eles tem a felicidade de não precisar de explicações, de não ter que analisar as coisas através de intermediários da verdade - e sobre isso muitos já reclamaram da Igreja Católica. Esses intermediários chamados teorias e cientistas, dessa nova igreja chamada ciência. O véu já foi rasgado com o fato consumado, mas se você não conhece a Palavra, não saberá o que eu quis dizer agora.
Soa ridículo acreditar plenamente na ciência pois é um conhecimento tão recente, e por ter alguns aspectos verdadeiros não é inteiramente confiável.

A robustez do conhecimento perde sua força diante do real: sou arquiteto e também aprendemos calculos estruturais, quantificações, dimensionamentos, métodos e técnicas. Entendemos o que é ciência, e o que é arte, e que ambas são como óleo e água.

Mas arquitetura não é isso: arquitetura é o vazio que fica ali para ser usado. É a linguagem incomensurável que se exprime através da semantica e da sintaxe que os cientistas não conseguem catalogar, quantificar, medir, conter, nem testar hipóteses com um rato. Para metade do cérebro, não há ciência. Nem para metade do mundo.

A questão é saber que o Homo sapiens fala. E fala de suas entranhas, vociferando aquilo que consegue. Aquilo que ele não conhece, que não tem bordas delimitadas nem nome, é objeto bem tratado pela psicanalise lacaniana, e de certa forma por Melanie Klein e por Saussure.  (veja mais neste resuminho Saussure e a língua portuguesa).

Se há objetos sem nome, e eles podem ser nomeados agora com permissão pública num lugar que ninguém vai te chamar de louco, é uma possibilidade no mínimo terapeutica. Já a relação humana dita inédita e inaugurada pela psicanálise, a transferencia e a contra-transferencia analítica, entrar em processo de análise, com ética, que agora ocorre em velocidade inesperada, na interpretação de línguas, é uma condição do relacionamento humano que, suponho eu, nenhuma igreja evangélica reclamou o título de ter inventado, mesmo porque isso acontece talvez a milhares e milhares de anos. Exatamente como a psicanálise e a transferencia.

Quanto à composição léxica, a delimitação do "objeto sem nome" (seja ele de angustia, de desejo, enfim...) que pode ser agora nomeado, expresso em voz alta, em circuitos também inesperados e improváveis, é uma forma de catarse que a ciência ainda não mediu nem catalogou, e nem vai conseguir levantar dados estatísticos, nem repetir o experimento nas mesmas condições para provar sua veracidade. Isso é campo de outra forma de conhecimento: da palavra da Verdade - eis aqui uma brincadeira da minha fé em contraste com a pretensão científica: eu acredito mais no dom de falar em línguas como um canal de comunicação com Deus do que nas elocubrações infinitas que poderiamos fazer aqui, em torno do conhecimento "formado" sobre o assunto.

Simplesmente porque acreditar em Deus ou na ciência é uma questão de fé. Acredito em ambos, mas a ciência é um graozinho ínfimo para Deus. E Ele existindo, falar em línguas de forma que apenas Ele entenda, é um fato absolutamente viável e provável.
Manuscrito encontrado no Peru com
desconhecido dialeto mesclado: isso
também não tem nada a ver com
falar em línguas...

Vamos simplificar a questão: caso seja simplesmente uma catarse de objetos até então sem nome, proferidos sem linearidade e/ou com convulsões da emoção (ou como diria Jung, energia liberada), ou uma imitação de linguas antigas com intenção de se comunicar com Deus, não faz diferença. Faz diferença se considerarmos que a ação e a intenção agem no plano do real, seja através da subjetividade ou através da divindade.

Eu particularmente prefiro acreditar que Deus pode compreender qualquer coisa que eu esteja dizendo, que nem eu mesmo sei, pois são objetos inomináveis, em tempos sobrenaturais, direcionados a eventos e realidades que são tão multiplas quanto as possibilidades de combinações entre eles. Deus pode, com certeza, e somente Ele, pois o homem e os demônios, a ciência tradicional e a antropologia,  a medicina, a psicanálise e muito menos o behaviorismo poderão alinhar fenômenos que ocorrem em planos imperceptíveis e indetectáveis. Planos proféticos, e porque não dizer, planos fora da linha geométrica e temporal da realidade que todos chamam de "única".

6 - Evolucionistas - parte I


Eu me divirto com a simplicidade e incoerência dos fanáticos. Certos tipos, desesperados, sofrem no embate quando confrontados com o fato de que o evolucionismo é favorável aos crentes.

Não vamos discutir se a evolução é coisa de Deus, apenas considerar que este texto é para os que desejam que a evolução seja distinta de Deus, como se esta descoberta tornasse-a uma invenção da ciência (talvez seja mesmo... vai saber) e que a evolução não tem nada a ver com a bíblia ou qualquer religião. Aqui neste post, deixando-se de lado os que não são fanáticos, o termo evolucionista é pejorativo, ok? Não quero ofender ninguém, isso não é necessário.


Pesquisas recentes enturmadas no raciocínio científico vêm causar perdas e danos no orgulho ateu dos evolucionistas. O raciocínio é bem simples:

"Quanto mais devotas as pessoas são, mais filhos elas são susceptíveis a ter," escreveu Rowthorn no artigo.

1) Independentemente das diversas razões apontadas, isso é um FATO CIENTÍFICO comprovado pelas estatísticas e métodos de pesquisas. Metodologia científica, no caso, é até bonitinho de falar;
2) Preocupados com o limite populacional da Terra, (enganando-se eternamente como enganou-se Malthus sobre o boom populacional e a fome consequente) mas principalmente preocupados consigo mesmos, os ateus não têm tempo para ter filhos, nem interesse nisso. Afinal de contas, é mais interessante curtir os prazeres da carne, já que em breve ela vai virar pura carniça. E como eles não têm alma, é melhor essa máquina automata bioquímica que não-se-explica-de-verdade aproveitar o lapso efêmero e doloroso que tem, uma vez que na inteligência gera-se enorme sofrimento quando comparada a eternidade com a faísca de duração da carne.

3) Tendo os crentes mais filhos que os ateus, e aumentando a comunidade CULTURAL religiosa/evangélica, a PROBABILIDADE de os filhos serem também evangélicos ou de outra religião cristã e também de serem mais devotos é MAIOR que a probabilidade de filhos de ateus o serem; Isso gera massa crítica de predominancia populacional;
4) A predominancia populacional e cultural deve a médio e longo prazo, extinguir os ateus e anticristos, assim como acontece com qualquer espécie na natureza. O ambiente cultural é repleto de memes, tão competitivos e predispostos à evolução quanto organismos biológicos, e portanto, susceptíveis às leis da seleção natural também, e portanto, submetidos às lógicas evolucionistas.

O provável resultado, após algumas centenas de anos, é um diálogo que deverá ser típico: "Filhos, vamos no Instituto Butantã ver uns ateus em extinção?" ou ainda, os que gostam de polemica ou de tensão, pois ela é motor evolutivo "Não vamos permitir que os ateus sejam extintos, eles são catalizadores da nossa fé, pois são testemunho da infelicidade que uma vida vazia proporciona ao homem e documentários não vão substituir uma observação in loco de seus modus vivendi."

Homo homini lupus - Segundo Hobbes, o Homem é o lobo do homem. Ele era mecanicista, cartesianista, dado a hipocrisias burocráticas e interessismos coletivos...


É claro que algum ateu muito primário vai vir aqui falar os seguintes argumentos:


a) que "o crescimento populacional refere-se à pobreza"
resposta: a pesquisa não foi feita apenas nos países pobres, seria uma pesquisa tendenciosa e podre, não digna de Cambridge;

b) "a transmissão dos genes não será dada efetivamente, não existe gene de religiosidade"
Resposta do próprio post do link inicialHá ainda em algumas pessoas uma predisposição genética para a crença, observou ele. O que levou Rowthorn a sugerir que "o gene dos crentes" e a tendência das pessoas religiosas a ter mais filhos poderia ajudar a espalhar areligião, noticiou o Telegraph UK.

c) "deserções equilibrariam o processo"
Resposta: leia o texto do link que não prevê esse reequlíbrio; além disso, estamos falando de comunidades fechadas e com tendencia a permanecer em suas regras, de caráter muito menos volátil que o dos ateus e evolucionistas que não tem uma regra fixa de conduta, mas o argumento da "esperteza pela sobrevivência".

d) "crentes não são aptos a sobreviver num ambiente urbano agressivo, e por isso ateus e evolucionistas tem maior predominancia nesse quesito. Além disso os filhos dos mesmos são treinados para experimentar o mundo"
Resposta: é óbvio que a evolução caminha para os mamíferos em termos de eficiência e predominância, é por isso que o homem é dominante na Terra. Isso é claro, refere-se aos cuidados dos pais pela prole, e em contrapartida, isso permite prolongar o tempo de gestação, gerando espécimes mais fortes e complexos, num ciclo evolutivo infindável. Além disso, superexposição ao meio sem critério aumenta a taxa de mortandade, e redução do interesse da fêmea pelo macho (pois ele não cumprirá com seu papel principal, que é gerar descendentes e não fazer filhos que morrerão em breve...)
conclusão desse tema: filhos de crentes vivem mais, com mais qualidades, mais saúde, e evoluem em direção a espécie mais complexa e segura, mais dominante e portanto, mais inteligente e habilidosa.

Uma regra de ouro maior que os pressupostos da ciência neomalthusiana ou reformista neomalthusiana, é o "crescei e multiplicai-vos". Não, os crentes não são ignorantes. Mas diante de um copo com água até a metade, para os crentes ele não está meio cheio, ele virá a transbordar. O problema não é a quantidade de pessoas, mas a falta de ética que gera fome e desequilibrio: obesos e obesos mórbidos nos países (em especial USA) enquanto em outros países apenas ossos ambulantes, porque a pele é escura.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

7 - Todos os caminhos levam a Deus

Amado(a), isso é mentira.

Nem todos os caminhos levam a Roma, capital do império da escravidão, do autoritarismo e da mentira. Capital da luxúria, da corrupção e da ganância. Não é por acaso que roma é escrito exatamente ao contrário de amor. Sim, eu sei, é coincidência. Uma feliz coincidência por sinal...

A cultura greco-romana é a raiz da ética independente e do materialismo. Foram eles que inventaram o átomo, e portanto a redução de todo o universo a um pó inexorável e imodicamente pequeno. Porém, hoje sabemos que este pó é apenas a borda da realidade, e para além dali, quase nada se sabe, apenas conjecturas matemáticas que tem lá sua lógica no sistema de realidade sinestésica humana.


Algumas religiões e a ciência têm tendência a nivelar a realidade num mesmo patamar, descartando qualquer hierarquia prévia (leia-se criacionismo) e portanto, zerando a ética e a moral ante as forças da sobrevivência ou da intelectualidade. O próprio Espiritismo Kardecista é um simulacro da ciência, mascarado por religiosidade e colocando a religião como aspecto subordinado - conforme Kardec: "se a ciência provar que um evento descrito no espiritismo é falso, fiquem com a ciência". Bem, eu já fui espírita muitos e muitos anos, me informei bem, e falo com propriedade.


Foi em Roma que nasceu o panis et circensis, nas arenas sanguinárias - hoje dissimuladas como futebol incutido como maravilha do mundo. Péssimo, pois além de totalmente manipulado, não passa de lavagem de dinheiro. Tontos os que desperdiçam energia vital e tempo com isso. Manipulados, esquecendo-se de enxergar a realidade que está diante de seus olhos.

Aliás, a moeda de Roma, cunhada com a face de César, foi tomada por Cristo para dar uma resposta implacável e inquestionável para todo o sempre, aos fariseus (você sabe o que é farisaísmo?) que o testavam sobre se deveriam pagar tributos a César:

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. - Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu: Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? - De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. - S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

O evento, aparentemente simples e inexplicável aos que não tem entendimento da Palavra, obviamente vai além dos fatos em si. Jesus jamais falava algo que fosse passível de apenas uma única interpretação. Dizem que havia no mínimo cinco (provavelmente mais...) níveis de interpretação, isso também ao longo das eras. Sim, a bíblia é hermética a quem quer compreende-la do ponto de vista metodológico racional e não espiritual.

Assim, a moeda representa o mundo em geral, e a face de César, o dono deste mundo. Não estamos falando aqui de mundo físico, mas de mundo espiritual aqui implantado por potestades e principados inimigos de Jesus.
Este mundo de que estamos falando existe nos corações, e extendido é materializado e moldado por estes mesmos escravos do materialismo, (isto seria uma abominação aos olhos de Deus) iludidos por uma infinidade de sofismas e axiomas que encadeados parecem ser absolutamente inquestionáveis.


Por isso, não se pode chegar a Deus através de qualquer coisa, como os que afirmam ver Deus numa música contemporanea qualquer, numa garrafa de cerveja, num filme bem feito. Pois ninguém vai ficar bronzeado se for a Fernando de Noronha pela internet. Aliás, nem vai... pode achar que sim, mas a parcialidade disto é gritante.


Não se chega ao que é do plano espiritual através de caminhos ou coisas ou raciocínios materialistas, e portanto, este mundo não é em momento algum um caminho ao Senhor, se entendido como experiência equivalente (panteísmo).


Nada contra o conhecimento, a ciência (que é como uma faca, uma ferramenta: pode ser usada pro bem ou para o mal...) mas não se deixe enganar pelo pressuposto de que a apreciação ou a experiência cerebral ou qualquer êxtase químico, filosofia panteísta, meditação ou nirvanas, podem nos levar à divindade primordial. O reino de Deus, para infelicidade dos céticos e ateus verdadeiros (não confundir com os anticristos que se autodenominam ateus...) que gostariam de medir com réguas e aparelhagem, não é desde mundo. Ele transcende a realidade e a nossa compreensão. Isso é óbvio, mas tem muita gente de inteligência rasa andando em círculos nessa questão, insistindo como uma criança mimada, contra o qual argumento algum funciona.


Apenas um caminho leva a Deus: que é Jesus Cristo. E para percorrer este caminho, você deve ser batizado como uma escolha consciente.

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